Governo alemão pede que alemães não usem o Internet Explorer
Incidentes na China motivam os alemães a desconfiar da segurança do navegador da Microsoft.
Se a Microsoft tivesse declarado guerra à Alemanha talvez não recebesse críticas tão pesadas do governo alemão como as que recebeu, em alto e bom tom, o estado germânico pediu para os seus cidadãos “não usarem o Internet Explorer”, porque o navegador comprometeria a sua segurança online.
O mais curioso é que tudo isso começou quando o Google declarou de fato guerra para outra grande potência, a China. Se você está por fora do assunto, de maneira resumida, o que aconteceu foi que chineses (desconfiasse que gente do partido comunista) fizeram ataques às contas de ativistas de direitos humanos no Google e esse revidou ameaçando sair do mercado chinês e tirando a censura prévia de conteúdo exercida pela empresa à pedido do governo chinês.
O que tudo isso tem a ver com o Internet Explorer e a Alemanha? Bem, o Escritório de Segurança da Informação do governo alemão fez a perspicaz observação de que todos os ataques tinham sido realizados usando o I.E o que levou o órgão a recomendar a que os internautas alemães usassem qualquer outro navegador criado pela mente humana (exagero a parte, foram citados os nome do Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera e até o Safari, da Apple).
Como consolo para a Microsoft, mesmo o governo alemão falando que nenhuma versão disponível do Internet Explorer oferece o mínimo de segurança ao usuário, isso pode não significar uma grande perda de mercado para o I.E, mas isso só porque o Firefox já é líder de uso entre os germânicos e a fatia de mercado do IE vem caindo a cada dia.
A Microsoft rebateu as declarações do governo alemão através do seu porta-voz, Thomas Baumgaertner, dizendo que “O que aconteceu na China teve alvos e motivação específica e os riscos de ocorrerem com um usuário comum são muito baixos” e que a empresa “discorda das recomendações do governo alemão. Bom, era de se surpreender que a Microsoft não concordasse, não é mesmo?
O fato que o usuário comum com “baixo risco” de ataque deve saber é que o código que gerou os ataques chineses já caiu na net e a Microsoft não conseguiu descobrir um antídoto pra o problema, portanto todo mundo é alvo em potencial de hackers. Se você ainda usa o Internet Explorer, aumente o nível de segurança do computador e atualize o seu antivírus. Mas não seria má idéia ouvir o governo alemão e procurar um daqueles simpáticos navegadores gratuitos para viajar pela Web.
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