Terror in game

O gênero do terror sempre foi um dos mais populares e queridos pelos fãs das obras de ficção. Não é pra menos, quem não curte levar uns sustos de vez enquanto né verdade? Nos livros seus expoentes são inúmeros: das assustadoras histórias de Stephen King, os contos vampirescos de Anne Rice e até os populares Crepúsculo e Diário de Vampiros, todos eles, de uma forma ou de outra tem sua parcela de contribuição na popularização do gênero.

Não é de se espantar que logo outras mídias também absorvessem estas idéias, gerando produções no cinema e na música. Mas é nos games que o gênero do horror encontra terreno fértil, pois diferente das histórias impressas e dos filmes, nos jogos, você pode literalmente vivenciar cada situação, cada susto, cada zumbi comedor de cérebro. Em resumo, a experiência torna-se mais vívida e igualmente gratificante.   

Embora vários títulos já tenham flertado com o gênero, um game em particular foi responsável por sua popularização. Em 1996 a Capcom lança Resident Evil (Biohazard no Japão) game onde um grupo de elite fica preso numa estranha mansão onde experimentos com um vírus mortal infectaram os residentes transformando-os em zumbis. O jogo originou uma franquia de sucesso, estendendo-se para vários consoles caseiros, chegando inclusive aos cinemas.  

Logo depois, Silent Hill chega também aos consoles caseiros. Enquanto o game da Capcom destacava-se por ser um “survival horror”, o game da Konami buscava inspiração nas motivações, nos medos, sonhos e desejos mais secretos das pessoas. Isso se traduzia num jogo de terror psicológico, que muitos até hoje julgam ser bem mais maduro do que seu rival.

Com o tempo, outros jogos surgiram imitando um ou outro aspecto destes títulos. Left 4 Dead manteve os zumbis, mas aumentou a dose de ação. Saem os ambientes claustrofóbicos, entram cenários em área abeta. Saem os enigmas e quebra-cabeças para dar lugar a uma quantidade maior de armas e ação.

Ao invés de fugir dos comedores de cérebro, o objetivo é matar o maior número deles possível. Mas os cadáveres aqui não andam a passos lentos, na verdade fazem bem mais do que isso. Ao sentirem o cheiro da carne fresca, eles irão correr, saltar e até derrubar obstáculos.

Conceito semelhante é usado na série F.E.A.R. onde os inimigos são dotados de inteligência artificial. Os oponentes apresentam movimentos que de fato condizem com as ações realizadas por você. Por exemplo, ao serem atacados em campo aberto, seus adversários procurarão coberturas para se proteger dos disparos ou armarão emboscadas em ambientes fechados.

Aqui, os inimigos fazem bem mais do que apenas correr em sua direção, eles armam emboscadas para pega-lo desprevenido. Quando em menor número, eles são capazes de avaliar seu poderio de fogo, por exemplo, e decidem segui-lo a distancia para só atacar quando estiverem em vantagem numérica.  

Ainda no estilo “mate-as-criaturas-do-inferno-e-saia-vivo-pra-contar-a-história” não poderíamos esquecer outro grande sucesso, anterior a todos os demais e que sem duvida influenciou, mesmo que indiretamente, todos eles. Como último sobrevivente de um experimento mal-sucedido, você agora deve sobreviver a uma horda de criaturas vindas do inferno (literalmente) o problema é que não há para onde correr, já que você está em algum lugar numa colônia humana no meio do planeta Marte!

Se você não descobriu de que game estamos falando então é porque não viveu o suficiente para saborear todo o horror e violência de Doom. O jogo que começou em 1993 já teve diversas versões ao longo dos anos, algumas com mais sucesso do que outras como é o caso do recente Doom 3.

De fato, o gênero do horror é tão sólido no mundo dos games que seria impossível falar num único artigo sobre todos os games. Interessado em aventuras sangrentas? Dá uma olhada no Zigg, lá você encontra desde os jogos mais recentes ao até os mais clássicos. Tudo com muito sangue, terror e vísceras.